A “nova” febre nacional

Depois do êxtase da Copa do Mundo, vem o novo assunto das Repartições Públicas (pelo menos aqui no trabalho), a tal novela “nova” das 20h (que ironicamente começa depois das 21h), aquela nova do Manoel Carlos, “Páginas da Vida“, se não me falha a memória. Os assuntos giram em cima de uma trama que não é novidade, famílias ricas, problemas(?) que famílias enfrentam, casais imensamente apaixonados (amor doente, diga-se de passagem, todo mundo sabe que aquilo não existe), uma personagem principal chamada Helena, uma mulher que apanha do marido, um casal que briga, uma mulher traída… é sempre a mesma coisa, a diferença é que, muda o nome da novela e alguns atores, a história em si é a mesma. O que mais me irrita nisso tudo é ser este “esteriótipo de vida feliz e perfeita”, uma das representações da falsa realidade. Quem disse que o tal “Maneco” escreve bem? Não consigo admiriar o trabalho dele, ele parece especialista em novelas iguais, assim como Silvio de Abreu só saber fazer tramas “engraçadinhas” e Benedito Ruy Barbosa novelas de colonos italianos (que falam um português quase que fluente). Outro detalhe importante, que lembrei dessa novela foi a polêmica que surgiu em cima de um dos depoimentos que são exibidos ao final de cada capítulo. O depoimento de uma senhora, de 68 anos que relata como alcançou o orgasmo pela primeira vez, até aí tudo bem, se não fosse pela forma chocante, direta em que foram postas tais afirmações. E, outras coisas de cunho sexual (que parece ter sido um apelo e tanto) pode ser lido nesta matéria de Ricardo Calil de 17.07 para o NoMínimo do Ibest, uma excelente matéria que vale a leitura.
Desde que, mal olhei o primeiro capítulo na faculadae mesmo percebi o quão de vulgaridade que estava sendo exibido, não que seja uma novidade isso na televisão brasileira, mas é uma coisa a mais para incentivar a mediocridade do povo, não que isso me preocupe, até mesmo porque não cabe a mim discutir tais coisas, se preocupar com a formação do meu(?) país, ‘oh que tristeza’, que se exploda, eu sei que a qualidade de programação não vai mudar radicalmente, os canais de maior número de pontos na audiência exibem o que querem justamente por isso, por terem seus pontinhos de Ibope assegurados e, com isso tal desleixo. A novela mal começou e já caiu nas garras da crítica, creio eu que, até o fim da trama tem muita coisa por ser discutida e, mais “novidades” nada surpreendentes. Eu poderia descer mais ainda a lenha em cima da tal novela mas, me abstenho disso por um motivo bastante óbvio: basta assistir tal novela para ver que, o troço além de não prestar, é totalmente previsível.

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4 Respostas to “A “nova” febre nacional”

  1. Charimann, nem tem muito o que comentar, voce disse tudo. Novela é um câncer que afeta a capacidade das pessoas pensarem.

  2. falou tudo, mais uma novela de famílias ricas com problemas ! Um povo inexistente.

  3. Bom, já sabe que eu não concordo.

    E como você pode por essa crítica clichê, se ao menos assiste a novela!?

    :p

  4. Realmente, falou tudo! Só discordo do final… eu não acho que a Globo passe o que quer só pq tem mais pontos no ibope… na verdade, eles passam essas porcarias apelativas exatamente pra manter o ibope! (claro, sempre o bom e velho dinheiro mandando em tudo…)
    Abraço o/

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